Os incêndios de incêndio são equipamentos indispensáveis em qualquer ambiente — seja em casas, empresas, escolas ou veículos. Eles representam a primeira linha de defesa contra o fogo e podem evitar tragédias quando estão em boas condições. Mas o que muita gente esquece é que esses equipamentos precisam de recarga periódica para funcionar corretamente. A recarga não é apenas uma exigência técnica, é uma questão de segurança que pode salvar vidas.
A pergunta que muitos fazem é: como é feita a recarga de um extintor? Apesar de parecer simples, esse processo envolve várias etapas e deve ser feito por empresas especializadas e certificadas como a Hiper Extintores . Vamos entender passo a passo como tudo acontece, quais os cuidados necessários e o que acontece dentro do cilindro quando o extintor é recarregado.
O que é uma recarga de extintor?
A recarga de extintor consiste na substituição do agente extintor (o produto responsável pelo apagamento do fogo) e na verificação completa do cilindro e de todos os componentes do equipamento. É um processo que garante que o extintor continue operando nas condições ideais e que possa ser utilizado com segurança em caso de emergência.
Cada tipo de extintor tem um agente diferente: água, pó químico, dióxido de carbono (CO₂), espuma mecânica ou halotron . Por isso, o processo de recarga varia de acordo com o modelo.
De acordo com as normas da ABNT e do Inmetro, os extintores devem ser recarregados logo após o uso ou a cada 12 meses , mesmo que não tenham sido utilizados. Essa inspeção regular evita falhas e garante que o equipamento mantenha sua eficiência.
Quando é hora de recarregar o extintor?
O momento certo para recarregar um extintor é indicado no selo de manutenção fixado no corpo do equipamento. No entanto, existem outras situações que desativam a atenção imediatamente, como:
- Selo do Inmetro ilegível ou rasgado
- Manômetro marcando fora da faixa verde
- Vazamentos perceptíveis
- Sinais de ferrugem ou amassados no cilindro
- Após qualquer uso, mesmo que parcial
Ignorar esses sinais pode comprometer o funcionamento do extintor e gerar multas em empresas e condomínios, além de colocar vidas em risco.
Etapas da recarga de um extintor
O processo é minucioso e segue um rigor técnico para garantir a segurança. Veja como acontece cada etapa:
1. Recebimento e triagem
Tudo começa com a chegada do extintor na empresa especializada. Nessa fase, é feita uma análise visual para identificar o estado geral do cilindro, tipo de extintor, dados da última manutenção e eventuais danos.
Se o extintor apresentar amassados, ferrugem profunda ou corrosão, ele poderá ser reprovado e encaminhado para descarte, conforme normas do Inmetro.
2. Despressurização e abertura
Após a triagem, o equipamento é despressurizado. Essa etapa é fundamental para eliminar a pressão interna e garantir a segurança dos técnicos. No caso de extintores de CO₂, a descarga é feita com equipamento adequado, evitando desperdício e risco de congelamento.
Depois disso, o cilindro fica aberto e o agente extintor antigo é removido completamente.
3. Limpeza interna e externa
O interior do cilindro é limpo para remover resíduos, umidade e qualquer sujeira que possa comprometer o novo produto. A parte externa também passa por limpeza e inspeção visual. Nessa hora, são retiradas etiquetas antigas e aplicadas novas marcações conforme o tipo de manutenção.
4. Inspeção do cilindro e dos componentes
Antes de ser recarregado, o cilindro passa por testes de resistência, geralmente com ensaio hidrostático , que avalia se o corpo do extintor suporta a pressão. Outros itens, como válvulas, mangueiras e manômetros, também são funcionais e substituídos se colocados fora do padrão.
5. Reposição do agente extintor
Com o cilindro limpo e aprovado, é feito a alteração do agente correto. Cada tipo de extintor requer um cuidado diferente:
- Pó químico seco (BC ou ABC) : o pó é pesado e colocado com funções especiais, garantindo a quantidade exata.
- CO₂ (dióxido de carbono) : o gás é injetado com balanças e cilindros pressurizados, respeitando o peso indicado no corpo do extintor.
- Água pressurizada : o cilindro recebe água tratada e o propulsor de gás (geralmente nitrogênio).
- Espuma mecânica : misture o líquido espumógeno com água e depois o cilindro é pressurizado.
Todo esse processo é realizado com equipamentos de isolamento , para que o extintor fique exatamente dentro das especificações técnicas.
6. Pressurização e selagem
Após a operação do agente, o extintor é pressurizado com o gás adequado e selado. O técnico instala o manômetro, que indica a pressão interna, e verifica se está dentro da faixa verde. Qualquer desvio exige nova localização.
7. Testes de vazamento e desempenho
Antes de liberar o equipamento, é feito um teste final para verificar se há vazamentos e se o extintor está funcionando corretamente. Alguns laboratórios fazem até simulações práticas para testar a descarga do agente, garantindo que o jato e o alcance sejam adequados.
8. Identificação e liberação
Ao final, é colocada uma etiqueta de manutenção e o selo do Inmetro , com os dados de recarga e o prazo de validade. Somente empresas credenciadas podem emitir esse selo. Assim, o cliente tem a garantia de que o equipamento foi recarregado de forma segura e dentro das normas.
Importância de escolher uma empresa certificada
Nem toda empresa está autorizada a realizar recarga de extintores. É essencial escolher uma empresa certificada pelo Inmetro e que siga as normas da ABNT NBR 12962 e NBR 15808.
Empresas sem credenciamento podem usar produtos inadequados ou realizar pressurização incorreta, ou que tornem o extintor um risco em vez de uma solução.
Ao contratar um serviço de recarga, verifique:
- Se a empresa possui certificado de conformidade emitido pelo Inmetro
- Há registro visível no corpo do equipamento
- Se o prazo de validade do selo é recente
- Se a empresa fornece nota fiscal e certificado de recarga
Esses detalhes fazem toda a diferença na hora de garantir a qualidade do equipamento.
Cuidados após a recarga
Depois que o extintor for recarregado, ele precisa ser armazenado corretamente e verificado periodicamente. Alguns cuidados importantes incluem:
- Manter o extintor em local de fácil acesso
- Evite exposição direta ao sol e umidade
- Consulte o manômetro a cada mês para ver se a pressão continua na faixa verde
- Garantir que ninguém remova o lacre de segurança
- Anotar os dados da próxima recarga
Essas medidas simples ajudam a prolongar a vida útil do equipamento e garantem que ele esteja pronto quando necessário.
Tipos de extintores e diferenças na recarga
Nem todos os extintores são iguais. A composição e a forma de recarregar mudam conforme o tipo de agente extintor . Entenda melhor:
Extintor de Pó Químico (BC ou ABC)
É o mais comum em veículos, empresas e condomínios. A recarga é simples, mas requer controle rigoroso da quantidade de pó. O cilindro é selado com gás nitrogênio.
Extintor de CO₂ (Dióxido de Carbono)
Usado em equipamentos elétricos e eletrônicos. O gás é altamente pressurizado e injetado com balanças específicas. A recarga deve ser feita em ventilação local.
Extintor de Água Pressurizada
Indicado para incêndios de classe A (materiais sólidos). A recarga consiste em encher com água tratada e pressurizar com gás inerte.
Extintor de Espuma Mecânica
Usado em líquidos inflamáveis (classe B). A recarga exige a mistura correta entre o líquido espumógeno e a água.
Extintor de Halotron
Alternativa moderna e ecológica ao antigo halon, sem danos à camada de ozônio. A recarga precisa de produtos específicos e equipamentos certificados.
Recarga x Recondicionamento: qual a diferença?
Muita gente confunde os termos. A recarga é uma operação simples do agente extintor e da pressão interna. Já o recondicionamento é um processo mais profundo, feito quando o extintor apresenta defeitos estruturais ou ultrapassagem do prazo de validade. Nesses casos, o cilindro é desmontado, repintado e passado por testes hidrostáticos antes de voltar a ser utilizado, somente uma empresa especializada pode saber qual a melhor opção entre recarga ou substituição de extintores de incêndio .
Penalidades por não realizar a recarga
O uso de extintores fora da validade pode gerar multas e até interdição em empresas e prédios comerciais. A legislação brasileira exige que todos os estabelecimentos mantenham equipamentos de combate a incêndio em perfeito estado, em conformidade com as instruções do Corpo de Bombeiros.
Além das negociações financeiras, o maior prejuízo é o risco de vida . Um incêndio descarregado em uma emergência pode causar perdas irreparáveis.
Valor médio de uma recarga de extintor
O preço varia de acordo com o tipo e tamanho do extintor. Em média, os valores cobrados no mercado brasileiro em 2025 estão entre:
- Pó químico: R$ 40 a R$ 70
- Água pressurizada: R$ 50 a R$ 80
- CO₂: R$ 70 a R$ 120
- Espuma mecânica: R$ 80 a R$ 130
Esses valores podem mudar conforme a região e o volume do serviço contratado. Empresas costumam conseguir descontos para recarga em lote.
Por que não tentar recarregar por conta própria?
Muitas pessoas acreditam que é possível economizar fazendo uma recarga em casa ou com equipamentos improvisados. Essa prática é extremamente perigosa . Os cilindros funcionam com alta pressão e qualquer erro pode causar explosões, ferimentos ou até mortes.
Somente técnicos treinados e com equipamentos certificados devem realizar esse procedimento. A segurança sempre deve vir em primeiro lugar.
Finalizando
A recarga de extintor é uma etapa fundamental de manutenção preventiva contra incêndios. Ela garante que o equipamento esteja sempre pronto para agir e evitar falhas em momentos críticos. Mais do que uma obrigação legal, é um ato de responsabilidade e cuidado com a vida e o patrimônio.
Mantenha uma recarga em dia e escolha uma empresa confiável é o que diferencia a prevenção de um possível desastre.